A BMW anunciou na sexta-feira 01/07 que deverá começar a produção em série de carros totalmente autônomos, isto é, que dirigem sozinhos, daqui a 5 anos. Para isso, se aliou à Mobileye, uma empresa israelense especializada em sistemas de assistência ao motorista e em sensores para carros. Também foi fechada uma parceria com a Intel, fabricante de processadores de dados.
"O objetivo da colaboração é desenvolver soluções que permitam aos motoristas não só tirar as mãos do volante, mas tirar os olhos da estrada (o chamado nível 3 de autonomia) e, por fim, liberar a mente dessa função (nível 4), para transformar o tempo que se passa no carro em um tempo para o lazer ou o trabalho", resumiu a montadora alemã.
"Isso estabelece a oportunidade para frotas de carros totalmente autônomos em 2021, e cria a base para um negócio totalmente novo em um mundo conectado e móvel", completa a BMW.
Apesar de diversas montadoras, inclusive a BMW, testarem veículos totalmente autônomos atualmente, inclusive nas ruas, nenhum país até agora vende carros que dispensam motorista completamente.
Mas já são comercializados alguns modelos que permitem o que se chama de níveis iniciais de automação, como assumir o controle do carro sob certos limites, de tempo e velocidade, por exemplo, e sob certas regras, como a de que o motorista mantenha as mãos aos volante, para reassumir o controle a qualquer momento. É o caso de veículos como o Volvo XC90.
A BMW disse que a plataforma que for criada para o nível máximo de autonomia será disponibilizada para outras marcas e outras indústrias que queiram desenvolver máquinas autônomas.
Além do desenvolvimento da tecnologia, há outros grandes entraves para os carros autônomos se tornarem uma realidade nas ruas. Será preciso adaptar leis, criar estrutura para que os veículos se comuniquem com as vias (antecipando-se a interdições, desvios, buracos, etc), entre outras questões.
Consumidores ainda questionam se o carro que dirige sozinho é realmente mais confiável do que um humano ao volante.
O anúncio da BMW ocorreu um dia depois de a Tesla, empresa norte-americana especializada em carros elétricos, anunciar o primeiro acidente fatal em um carro com o sistema semiautônomo ativado.
O chamado "Autopilot" permitia que o veículo assumisse o controle em certas ocasiões. Ele estava ativado, mas não identificou que um caminhão cruzou a pista à frente do carro. O motorista do Tesla Model S morreu na colisão.
Um mês antes, porém, ele postou um vídeo em que mostrava que esse mesmo sistema o havia livrado de um acidente, envolvendo outro caminhão.
O caso está sendo investigado pelo governo dos EUA.
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