A Mercedes-Benz revelou nesta terça-feira (8), na CES 2019, em Las Vegas, a nova geração do CLA. Além do visual, a principal novidade do sedã é a atualização do sistema de inteligência artificial, o MBUX. Agora, o MBUX é capaz de perceber certos movimentos do motorista e antecipar ações. Por exemplo, ao passar a mão sobre o banco do passageiro vazio, o carro acende a luz, imaginando que o usuário possa ter deixado algo no assento. Outro avanço é que o sistema agora está pronto para responder questões "consideravelmente mais complexas", como indicar um restaurante asiático, que não seja chinês ou japonês, tenha uma classificação de 4 estrelas e seja agradável para crianças, conforme exemplificou a Mercedes. Além disso, agora o modelo pode "andar sozinho" em algumas situações com o uso de nova tecnologia semiautônoma. Ele possui frenagem automática de emergência e detecção e manutenção de faixa. Além disso, por meio de câmeras e sensores, o veículo "se prepara" para mudanças de rotas a frente, reduzindo a velocidade. Isso vale para curvas, cruzamentos ou rotatórias. Na segunda geração, o CLA cresceu, e ficou ainda mais distante do Classe A Sedan. Agora são 4,69 metros de comprimento, 4,8 cm extras. O entre-eixos aumentou 3 cm, chegando a 2,73 m, enquanto a largura é 5,3 cm maior, de 1,83 m. Por outro lado, a carroceria é 0,2 cm mais baixa, com 1,44 m. Por enquanto, apenas o CLA 250 foi apresentado. Ele tem motor 2.0 de 4 cilindros e 225 cavalos, acoplado ao câmbio de dupla embreagem e 7 marchas. Segundo a Mercedes, ainda serão lançadas outras versões. O novo CLA será produzido na Hungria. No exterior, ele começa a ser vendido em maio deste ano. O CLA foi a resposta da Mercedes para trazer clientes mais jovens para a marca. A primeira geração foi apresentada em 2013, durante o Salão de Detroit. Curiosamente, o CLA marca um ciclo de mudanças na indústria automotiva nos Estados Unidos. O próprio Salão de Detroit tem perdido espaço para a CES, uma feira que nasceu para mostrar tecnologia, mas que nos últimos anos acabou "invadida" pelas fabricantes de veículos. O movimento da Mercedes chega a ser emblemático, afinal a marca não estará presente em Detroit.
